A moça tinha dois umbigos. Quem mais no mundo tem dois umbigos? Ninguém, apostava consigo mesma. Era uma monstruosidade. Mas ao menos uma monstruosidade que poderia ser encoberta. Literalmente.
A solução era simples: nada de blusas curtas, nada de colocar biquíni na praia. Dizia a seus amigos que tinha muitas cócegas nos pés para desviar a atenção da barriga. Vigiava constantemente suas roupas para que não aparecesse um centímetro sequer.
A moça era um prodígio e um grande ser humano. As boas ações saíam sem força, assim como a delicadeza e a elegância. Para os homens (e algumas mulheres), ela era a mulher ideal; não conseguiam atinar o motivo pelo qual ela não se relacionava com eles (ou com algumas ‘elas’).
Para a moça, bem… ela era um monstro.Marcadores: era uma vez...