O moço procurava identificação em tudo. Chorava assistindo filmes que o traduziam, embriagava-se diariamente com as músicas que o (co)moviam. Em dias nublados e frios se encontrava, e era impossível conter o sorriso discreto.
Ele pensou que isso não era o suficiente. Queria mais, queria alguém. Dos livros passou às vidas. Todos os dias vasculhava alguém. Visitava vidas virtuais, procurava se inteirar das vidas reais de outras pessoas.
Certo dia conheceu uma moça. Aquela moça, que entendia perfeitamente seus pensamentos. Gostos idênticos, de sorriso em dias chuvosos. Perfeita.
Ele pôs as mãos nos bolsos, pensava enquanto olhava para ela. Decidiu que era melhor sair correndo, e foi o que fez.
“Santo Deus, como ela é igual!”.
Não olhou para trás.Marcadores: era uma vez...