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quinta-feira, 13 de setembro de 2007
fun, fun, fun
(aviso: tô com uma preguiça lascada de detalhar a viagem)

Tupã
Tudo começou na terça-feira da semana passada. Meu pai veio me buscar depois do almoço para irmos até Tupã de carro: uma viagem de aproximadamente 3 horas e meia, estradas desérticas, confusas e com direito a crateras lunares a cada 25 cm. Paisagens: bois, cana-de-açúcar, bóias-frias, queimadas. Sol de fritar ovo à sombra.

bóias-frias on the road #1 on the road #2 on the road #3


Gravei um CD pra ouvirmos durante o percurso, mas escolhi mal. Chet Baker, Frank Sinatra e Luis Cobos não são exatamente estilos empolgantes para um pós-almoço; tive medo que meu pai pegasse no sono a qualquer momento e batêssemos em alguma vaca perdida. Mas sobrevivemos.

a *bela* tupã Chegamos a Tupã como se tivéssemos viajado por 3 dias seguidos. Não esperava muito da cidade, mas ela teve o dom de me decepcionar (que os tupãenses me desculpem). Sem árvore nenhuma, o trânsito mais caótico que vi (motos, bicicletas, carros, gente, bichos, todos querendo passar ao mesmo tempo), quente feito o demônho, gente esquisita, etc. Rodamos um pouco e achamos o hotel com facilidade, era bem arrumadinho pelo preço da diária. Depois fomos procurar a Unesp. Até pra darem informações eram estranhos.

Achamos. A Unesp de Tupã é minúscula, tem apenas 190 alunos. Demos uma olhada nos horários do Fórum e fomos comer em um boteco. Adivinhem como era a comida? Exatamente: estranha. Comi mais pão que das porções que pedimos. Voltamos ao hotel e apaguei, pra uma hora depois não conseguir dormir por causa do calor absurdo que fazia mesmo de madrugada. A muito custo dormi novamente.

Acordamos cedinho no dia seguinte e assistimos à uma palestra na universidade. Desisti de ver a que tinha me interessado e resolvemos comprar alguma coisa pra tomar num mercadinho próximo; no meio do caminho policiais nos pararam.

O cara pediu pra verificar tudo: setas, luz de freio, licença do carro, habilitação, a bunda da mãe dele. Quis muito ter uma escopeta. Quis muito ter coragem de usar uma escopeta também. Mas infelizmente meus pedidos não foram atendidos e continuei irritadíssima. Não apenas por causa do policial, mas porque em climas muito quentes eu passo mal (aiai, que bichinha). Fico toda empipocada, tenho falta de ar, retenção de líquidos e o escambau. Lindo.

Enrolamos, almoçamos, voltamos à universidade. Cena de faroeste, sem ninguém... só faltavam passar aqueles rolinhos de sei-lá-o-que de deserto. Subimos até a sala em que o trabalho deveria ser apresentado. Som de grilos. Apareceram umas 5 pessoas, meu pai falou durante 15 minutos e caímos fora. Voltamos a Cambé, onde ele mora.

Cambé
O filho + família da minha "madrasta" estavam lá. À noite surgiram zilhões de pessoas pra uma pizzada, muito gostosa. Crianças correndo, gritando, puxando cabelos. Mas foi legal, apesar de eu não estar acostumada a tanta gente.

No dia seguinte foi almoçar e rumar a Londrina pra pegar o ônibus até Curitiba.

Londrina - Curitiba
Preciso dizer que rezei pra que não sentasse outro tiozinho de Rondônia louco e fedido do meu lado? Todos os assentos foram vendidos, não teria chance de trocar caso houvesse necessidade. Mas não houve. Do meu lado estava uma mocinha adolescente muito educada, quieta e sem cheiros de queijinho. Passei a viagem vagando nos meus pensamentos.

Chegando em Curitiba, o engarrafamento monstro. Não apenas de carros, mas de ônibus tentando entrar na rodoviária. Creio que demoramos uns 20 minutos pra conseguir desembarcar. E assim que fiquei aliviada por descer do ônibus, fiquei tensa por não ver a Amanda e por ela não atender o celular. Como eu acharia alguém naquele mundo de gente?

Andei um pouco por dentro da rodoviária tentando achar um rosto conhecido. Nada. Saí e parei em um lugar qualquer, pensando que as blusas que levei foram totalmente desnecessárias. Passaram uns 7 minutos quando me virei e vi a Amanda olhando pra todos os lados. Foi emocionante, só faltou se abrir uma cortina de luz sobre nós ao som de violinos.

São José dos Pinhais
Fomos até a casa da família Nonose-Agostinho, compramos pizza, falamos sobre tudo e nada. No dia seguinte fizemos compras para o churrasco de sábado; mais tarde fomos visitar um bosquinho perto da casa da Amanda, cheio de lixo, manos, maconha e senhoras assustadas com as companhias (mas o lugar era agradável, acredite). Até levei um sensual "boa tarde, moça" de um vileiro de bigodinho pré-adolescente. Lisonjeiro, eu diria.

À noite compramos bebidinhas e rodamos pela cidade. Compartilhamos passados e traumas de infância, ressentimentos e maledicências, milhões de risadas e fotos. Bëubos. Tão bëubos que cantamos urramos Keane na webcam para a Rachel ouvir e rir das nossas caras para sempre. Ressaquinha moral no dia seguinte; pequena só porque foi muito divertido. (Você ainda gosta da gente depois disso, Rachel?)

O irmão do Moisés chegou no dia seguinte e aconteceu um super-mega-blaster-ultimate-sinuca-duel no Bar do Huck. Bar esse que é um forte candidato a maior reunidor de clichês de boteco da galáxia:

bar do huck - s. josé dos pinhais bar do huck
salsichas apetitosas, han?


Logo depois, o churrasco. O churrasco, com gente de Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e eu de Maringá, todos conhecidos pelo orkut. É, pelo orkut.

Não há como descrever direito essa festa. Foram dezenas e dezenas de cervejas, whisky, pinga Odd de coco, fotos, vídeos, mis e diversão. Muita diversão. Com pessoas ótimas e simpáticas que corroboram o pensamento de que a maioria das gentes que mais gosto foram conhecidas pela internet.

Havia muito tempo que não me sentia tão bem em meio a pessoas. Não é fácil me sentir totalmente à vontade em reuniões, sou low profile e jacu demais pra essas coisas. Mas aconteceu, e tenho certeza de que essas 11 horas (!) que passamos juntos farão meu mês bem mais valioso.

O dia seguinte serviu pra ficarmos esparramados pelo sofá fazendo nada, e mesmo assim foi ótimo. À noite enfrentamos mais um engarrafamento monstro, com direito a medinho de perder o ônibus e a um quase-embarque no errado. Voltei em um leito (fato inédito pra mim) que era uma maravilha. Cobertas gostosas, travesseiro, poltrona a 180º, café quentinho e pacote de bolachinhas, suquinhos e barrinhas de cereal para os passageiros.

Essa viagem entrou para a história como uma das top top ever. E tá difícil voltar à realidade novamente.

(imaginem se eu não estivesse com preguiça de escrever este post. se salvaram, han.)



 
Joyde G. M.
12/08/1984
Bióloga


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